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Friday, June 17, 2005

1026 (mil e vinte sexy)

Moro no rio e gosto muito. Algumas vezes sinto muita saudade da vida que levava antes. Uma saudade normal q só piora semanas antes de eu voltar pra Joao Pessoa, e piora bastante. Começo a sentir dores nostalgicas, de lembrar de tudo, e as coisas ruins rapidamente se transformam em coisas boas. As vezes lagrimas caem no chao, no meu joelho, na minha bochecha, umas poucas, e sei que há outras querendo sair e nao obtem sucesso algum, essas fazem meu corpo pesar, e me deito pra nao levantar.
Viajarei em breve, talvez vá pra pior cidade onde já morei, campina grande. De qualquer forma, mesmo tendo sido a pior, foi tambem a mais significativa. Eu nao vivia, odiava todo mundo, todos ficavam numa praça e se dedicavam a sofrimentos e fofocas inuteis. Mesmo assim, havia a 1026, um grande casarão fodido, a coisa mais underground e mais cheia de vida, apesar de que, depois que todos os moradores desertaram houve uma morte súbita. No final nao havia mais ar. Mas é assim com tudo que teve uma vida. O principal morador me ensinou tudo o que sei sobre sonhos, sobre ser feliz, sobre sobreviver. Ele era um sobrevivente. Não nos matamos por pouco. Mas seria digno morrer com ele, seria morrer de amor, um sentimento que desde então eu nao consigo mais desenterrar. Geralmente eu o culpo, mas ele não é o culpado, nem eu. Só foi intenso e ainda estou cansada e vazia.
Senti ódio, e ele tambem me odiou. Algumas coisas foram pateticas, mas era justificavel, afinal sonhavamos o mesmo, queriamos o mesmo, eramos o mesmo, e separados desabamos no nada. As vezes nos pegamos sonhando com besteiras qndo estamos no msn, e tentamos evitar. Sei que é aquele relacionamento que procuro, mesmo q ele já tenha terminado a mais de 2 anos.
Os piores artificios que ele usou pra me ameaçar, me amedrontar, me humilhar, me pressionar, já perdoei, não por nada, mas porque depois de conviver e ver o que outras pessoas, com motivos muito mais insignificantes sao capazes de fazer, nao me restou motivo pra guardar rancor. Ele podia ser vitima do mundo, mas nao queria. Podia causar pena em qualquer um, mas nao queria. Ele podia afundar, mas nao queria. Podia ser um inutil, mas nao queria. E nao querer pra ele sempre significou nao ser. Fosse o que fosse ele nao era apenas um sobrevivente era um vencedor e criador de si mesmo. Faz falta pessoas como ele.

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