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Tuesday, April 12, 2005

O amor é patetico ou sou eu?

O Sanz havia faltado, voltariamos mais cedo da faculdade, a carona usual não tinha ido e eu me preparava pra carona mais engraçada de todos os tempos, sentada com Sonia e o Pedro numa das inumeras lanchonetes da porcaria do Downtown, quando obviamente eles começam a falar de seus relacionamentos. Ou melhor o Pedro começa...

- Aí, minha vida sexual voltou ao normal, tô tao feliz, ele é tão lindo, estou completamente apaixonado...

Eu ouço atentamente, talvez com uma expressao entediada.

- Sabe, Pedro, a Joana poderia escrever sobre como o Amor é patetico.
- Justo eu, Sonia?
- É voce sempre fica no meio ouvindo nossas historias melosas.
- Isso é.
- Imagino o que nao passa na tua cabeça...

Eu nao queria admitir, mas já q falaram antes.

- Pra ser sincera esse amor todo q voces sentem me causa um estranhamento enorme. Acho q é pq eu nao consigo mais amar assim, sei lá, com direito a rotina e tudo, sei q vivo por amores impossiveis e platonicos, mas o amor correspondido me parece pouco merecedor de comentarios maiores.
- Poxa...
- Mas nao me incomoda, só causa estranhamento. Talvez eu apenas estranhe a mim mesma. No fundo acho impossivel amar assim, com previsibilidade e convivio. As pessoas são tão sem graça que ficam melhores a distancia.

Acho q eu ando meio amargurada. Desde de H.H. não consigo aceitar relacionamentos, as vezes é tudo o que eu quero, mas qndo começa eu dou um jeito de afastar até as moscas, ou me apaixono mais qndo obviamente vao me dar um pé na bunda. Eu acho q vou no terapeuta da Lara, assim nao dá pra continuar.

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